O DIARIO DE ELISA (A HISTORIA DE BAIUM)
Meu nome é Elisa, eu nasci durante o império de
Baium, minha família era como muitas uma família que vivia longe de
Oren. O rei na época era
Baium. Era um humano e bom rei, ele queria reunir todos os reinos em uma única nação.
Ele parou as guerras entre as raças e trouxe paz, mas anos
turbulentos vieram enquanto ele tentou o impossível. Rebeldes,
mercenários e assassinos saqueavam desesperadamente as cidades e vilas
para tentar mostrar ao povo que o controle do rei não era bem vindo,
muitos povos começaram a se erguer contra Baium quando os ataques
vieram. Foi assim que nasci pela segunda vez.
Durante uma noite alguns homens chegaram bêbados na fazenda de
meu pai, começaram a matar carneiros e montar acampamento nas terras de
meu pai. Meu pai era um forte guerreiro e sempre tinha soldados
trabalhando para ele, foi meu pai e mais cinco soldados para expulsar
ou matar os baderneiros. Ele jamais retornou, no lugar de meu pai
dezenas de homens bem armados vieram em direção da casa da fazenda com
suas espadas sujas de sangue, a minha mãe entendeu o recado. Me enviou
junto de minha tia Alessyan para longe da fazenda.
Eu era uma criança e minha tia era apenas uma adolescente, mas
foi a família que tive durante anos, anos que fizeram eu crescer sem
jamais perdoar e fizeram minha tia crescer também, mas ela esqueceu o
passado e se apaixonou. Ela se apaixounou e eu virei um empecílho para
sua felicidade.
Se ela me deixou ou eu a deixei até hoje tenho dúvidas, o fato
é que eu queria distância para poder elaborar meus planos, planos de
vingança e justiça. Fui deixada aos cuidados de um humano guerreiro e
aprendi tanto de lutas de armas quanto pude, até que um dia ele também
me deixou dizendo que não era mais possível eu evoluir como guerreira.
Mas eu não estava satisfeita quando o deixei. Já havia se passado 10
anos.
Nesses 10 anos
Baium conseguiu frear todo ato de violência e conseguiu reunir todos os reinos de
Frozen Lands até
Heine em um só reino,
Aden.
Mas ele estava envelhecendo e tanto eu quanto ele sabíamos que o fim
dele como humano se aproximava. Foi então que ele quis dar continuidade
ao seu império buscando a imortalidade e a Torre de Baium começou a ser
construída.
Dois anos depois eu voltei para a fazenda de meus pais, não
havia sobrado muita coisa. Fiz um túmulo em memória a meus pais e em
cima dele fiz um juramento, embaixo, somente terra. Eu não havia
encontrado nada para enterrar, ou melhor, a única coisa que eu podia
enterrar era meu passado mas esse eu queria manter bem vivo em minha
mente. Eu chorei muito ali, principalmente ao lembrar de minha mãe
Natália e de meu pai Augusto.
A torre levou anos para ser construída, eu tinha fé que Baium
conseguisse poder suficiente para ganhar a imortalidade. Se conseguisse
eu não precisaria mais deixar minha vida em troca de justiça. Baium
faria isso por mim, porém eu estudei nesse tempo as artes escuras da
magia negra. Magia descoberta pelos elfos negros de Shillen e aprendida
e aprimorada pelos humanos. Estudei com afinco e em pouco tempo me
tornei uma das melhores alunas de Ivory. Meu mestre lecionava e vivia
lá. Aprendi com ele alguns segredos que ninguém conhecia, como a arte
de mudar de forma.
Mudar de forma era simples perto do aprenderia no futuro,
mudando minha forma facilmente eu poderia me passar como uma elfa,
enganar minha idade ou até fingir ser um homem. Mas por dentro eu
estava envelhecendo e meus anos escoavam com a maldição humana da
mortalidade.
Mas como tudo que era bom em minha vida se ia, meu mestre se
foi. Deixou para mim um cetro escondido em uma das paredes daquela
torre de Ivory, o cetro me daria poder para me fortalecer no momento
que mais precisasse. Se eu precisasse disso. Por enquanto, Baium ainda tentava me libertar. Embora ele não soubesse, a justiça dele livraria minha alma.
Então
Gran Kainenviou maldições para a torre em construção e os trabalhadores fugiram
amedrontados mas
Baium resistiu no topo da torre, ele exigia ser
ouvido. Então o rei jamais retornou para Aden e o caos voltou, meu sonho de liberdade se evaporou no ar.